O que é?

O Autismo é uma condição de desenvolvimento anormal. Acomete principalmente meninos. Os principais sinais são o atraso no desenvolvimento da fala, dificuldade de interação social e movimentos estereotipados (ou seja, movimentos que “não fazem sentido” para quem observa, pois não tem uma finalidade definida). Outra característica importante é a dificuldade da criança fazer contato com o olhar, bem como responder quando chamada pelo nome.
 
O Autismo começa a se desenvolver junto com a formação do feto, por volta da décima segunda semana de gravidez (terceiro mês de gestação). A manifestação dos sintomas tem relação direta com o desenvolvimento anormal do Sistema Nervoso.
 
Os neurônios e astrócitos (células do cérebro) apresentam um padrão diferente de formação e migração (deslocamento até seu local definitivo). Esta característica faz com que a criança, além dos sintomas clínicos, apresente alguns sinais que podem ajudar no diagnóstico.
 
O Autismo é classificado como “espectro” porque admite diversos graus de gravidade (como em muitas outras condições médicas). Quadros clínicos leves tem melhores chances de se aproximar ao desenvolvimento normal.
 
Geralmente há uma associação entre o Autismo, convulsões e deficiência mental em algum grau (ou seja, a criança também pode apresentar uma dificuldade maior de aprendizagem).
 
Atualmente, em média, para cada 60-70 nascimentos, um é de uma criança com Autismo. Como dito antes, é mais frequente em meninos, e em algumas etnias. Acredita-se que a incidência (ou seja, o número de casos) esteja aumentando pela melhora dos critérios diagnósticos e, de certa forma, à facilitação do acesso à informação.
 
Em famílias que há um caso de Autismo, há 30% de chances de um segundo caso em nova gestação. Trata-se de uma condição genética, cujos fatores ainda não estão bem claros no momento.
 
O diagnóstico pode ser realizado no primeiro ano, dependendo da gravidade dos sintomas. Como em outras condições de saúde, quanto mais cedo o diagnóstico e o tratamento, maiores serão as chances de melhora.
 
Tem sido relativamente frequente o diagnóstico de Autismo em adultos após o diagnóstico de uma criança na família. Geralmente são casos leves, que de certa forma passaram “despercebidos”, e que eram tidos como “pessoas diferentes, esquisitas”.
 
Não é verdade que as vacinas estão aumentando os casos de Autismo. Como dito antes, o Autismo desenvolve-se antes do nascimento. Antes de qualquer possibilidade da criança ser vacinada. Mas como explicar, então, o fato da piora clínica após a administração de determinadas vacinas?
 
De forma simplificada, a resposta é a de que se trata de uma coincidência. O desenvolvimento das crianças (de todas elas) conta com algumas fases de ajustes celulares, no cérebro. São chamadas de “podas neuronais”. Algumas destas fases coincidem com o calendário de vacinas e, por isso, de forma equivocada, acabam levando à crença de que as vacinas são responsáveis pelo aparecimento e aumento do número de casos.
 
Não há nada que os pais, ou especificamente a mãe, possa ter feito ou deixado de fazer e que tenha relação com o diagnóstico de Autismo.
 
Quadros clínicos leves podem vir a se manifestar um pouco mais tarde e, inversamente, quadros mais graves, precocemente.
 
De qualquer forma, quando mais cedo a criança for diagnosticada, maiores serão as chances de ter um desenvolvimento mais próximo do considerado normal.
 
Geralmente os paciente têm dificuldades de interação social, apresentam interesses restritos (pelos mais diversos temas e/ou objetos), e tem dificuldade em brincar de forma funcional. Por exemplo, não pegam um carrinho e simulam seu movimento, tentando reproduzir o som do motor. Podem simplesmente enfileirar os carrinhos, geralmente sempre na mesma ordem, ou passar o tempo apenas observando o movimento das rodas, ou até mesmo girando o brinquedo como um todo.
 
Em famílias com outras crianças fica mais fácil o reconhecimento desses comportamentos disfuncionais, por haver o padrão de comparação. Uma em 88 crianças americanas é diagnosticada com transtorno do espectro autista, de acordo com os Centros para Controle e Prevenção de Doenças.
 
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