Em sessão plenária do Conselho Regional de Medicina do Tocantins (CRM), na última sexta-feira, em Palmas, o secretário do Estado da Saúde, Marcos Musafir, pediu aos conselheiros a compreensão e ajuda para o enfrentamento dos problemas da área. Ontem, o JTo noticiou o caos do HGP em relação ao desabastecimento. Segundo as autoridades judiciais que estiveram no hospital, o cenário era assustador e faltava até material para curativo. Outro problema é a falta de pessoal, já que os profissionais da enfermagem estão em greve desde o dia 2 de fevereiro.

Musafir aproveitou a ocasião para apresentar seu histórico de atuação profissional como médico e gestor e ofereceu aos conselheiros presentes informações sobre problemas reais encontrados nas últimas semanas quando assumiu a gestão da Secretaria do Estado da Saúde (Sesau). Falou ainda sobre a primeira reunião com médicos do Hospital Geral de Palmas (HGP) logo após assumir a pasta e sobre as visitas que tem feito aos hospitais do interior.

O presidente do CRM, Jaci Silvério de Oliveira, disse que o conselho estava disposto a dialogar. “Essa é a pior crise que vivemos na saúde do Estado, mas ainda estamos esperançosos”.

Na ocasião conselheiros fizeram perguntas, esclareceram dúvidas e exigiram ações rápidas e efetivas. Segundo a Sesau, foi uma oportunidade para esclarecimento de animosidades relatadas pelos conselheiros que também atuam na rede estadual de saúde e que dialogam constantemente com pares acerca de problemas, como falhas no preenchimento de escalas de plantão, falta de insumos e materiais que inviabilizam atendimentos e procedimentos cirúrgicos e problemas de gerenciamento de equipes, entre outras situações.

Outro ponto frisado pelo secretário e conselheiros presentes foi a disparidade salarial entre profissionais iniciantes e de carreira. Musafir, falou ainda sobre frustração de receita, dívidas de gestões passadas, demandas judiciais e dívidas acumuladas e problemas constatados em visitas aos hospitais. “Estamos propondo como alternativa um colegiado gestor, que é um exemplo que deu certo em países como Inglaterra e Alemanha e onde os médicos têm grande parcela de decisão. Além disso, o governador Marcelo Miranda já decretou um gabinete de crise na área da saúde no Tocantins. O plano de saúde que entramos em acordo com a Justiça Federal e que vamos apresentar mudará a saúde para o povo do Tocantins, mas não vai funcionar se os médicos não ajudarem”, ponderou.

Fila

O recadastramento da fila de espera por cirurgias eletivas também foi anunciado. “Uma das causas deste problema foi a transformação de praticamente todos os médicos em lantonistas, e isso matou toda a estrutura de atendimentos eletivos. A segunda causa é a desestruturação dos hospitais. Não garanto que vamos acabar com a fila rapidamente, mas vamos diminuir, isso eu garanto”, disse Musafir. (Com informações da Sesau e Jornal do Tocantins) 

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