Apenas serviços de urgência e emergência serão realizados em três dias de paralisação

Quem precisou de um médico para atendimento ambulatorial, realizar exames complementares eletivos ou fazer cirurgia eletiva em um dos 19 hospitais estaduais, ontem, teve que voltar para casa sem o serviço, isso porque os cerca de mil médicos suspenderam suas atividades para cobrar melhorias à categoria. A paralisação segue até amanhã e, com isso, somente os atendimentos de urgência e emergência funcionam normalmente. A situação nas unidades de saúde deve piorar hoje com a paralisação também dos enfermeiros.

Devido à paralisação, o comerciante José Ronaldo Bezerra da Silva, 48 anos, estava apreensivo com o atendimento da filha, internada no HGP desde o último sábado após sofrer um acidente de trânsito e fraturar o braço e osso da face. “Eu acho que os médicos têm direito de pararem os atendimentos porque a gente sabe a realidade. Desde sábado que durmo na porta do hospital, porque sei que estão faltando medicamentos e, caso minha filha precise, eu estou aqui”, disse.

Categoria

De acordo com a presidente do Sindicato dos Médicos (Simed), Janice Painkow, a categoria decidiu pela paralisação durante três dias devido às condições de trabalho dentro dos hospitais. “Faltam insumos básicos que necessitamos para o atendimento, isso não vem de hoje, vem ao longo do tempo. Queremos mostrar de que forma está sendo tratado o paciente dentro do Estado”, informou.

Ainda segundo ela, a situação em Araguaína, Norte do Estado, está mais crítica do que na Capital. “O que falta aqui, lá falta mais, os medicamentos nunca chegam lá”, afirmou.

Enfermeiros

Mais de cinco mil técnicos de enfermagem, auxiliares e enfermeiros também decidiram paralisar suas atividades por tempo indeterminado e não farão atendimentos a partir de hoje.

Em nota, o Sindicato dos Profissionais da Enfermagem do Tocantins (Seet) informou que as principais reivindicações dos profissionais da enfermagem são o pagamento dos retroativos do adicional noturno e insalubridade, em atraso, o cumprimento dos termos do acordo relacionado aos retroativos das progressões e passivo da data-base, pagamento dos plantões extras, gratificação de urgência e emergência e adicional noturno, além de melhores condições de trabalho e regulamentação e readequação do repouso da enfermagem.

Suspensão de atendimento médico – 1º, 2 e 3 de fevereiro, Médicos paralisados, todas as especialidades nos 19 hospitais do Estado. Procedimentos suspensos: Cirurgias eletivas, atendimentos ambulatoriais e exames complementares eletivos.

Medicamentos em falta (ontem) – paracetamol gotas, morfina 10mg/ml e 1mg/ml, fluconazol, omeoprazol, tramadol, bepantol pomada.

Materiais em falta (ontem)– cama ortostática com grade e rodinhas, cobertor para aquecer pacientes, colchão piramidal, kit para nebulização completo, lâmina bisturi número 21, micropore largo 15 cm, bolsa colostomia karaya, tubo tipo T para nebulização em pacientes entubados (Fonte: Jornal do Tocantins – Melanie Gothe).

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