Decisão foi tomada após pedido do Ministério Público Estadual. Conforme a Justiça, faltam médicos na ginecologia, ortopedia e até no pronto socorro do Hospital Regional de Gurupi.
O afastamento foi determinado em duas decisões da quarta-feira (30/08) e cabe recurso. A Justiça determinou o afastamento do secretário de Saúde do Estado, Marcos Esner Musafir. A medida foi tomada por causa da falta de alimentação e médicos no Hospital Regional de Gurupi, na região sul do estado.
O pedido foi feito pela Promotoria de Justiça de Gurupi. As decisões determinam que o secretário se mantenha afastado até que o Estado comprove que solucionou os problemas apontados.
Segundo o promotor de Justiça Marcelo Lima Nunes, a Secretaria de Saúde tem descumprido decisões sobre a falta de médicos. Atualmente, faltam médicos nos setores de ginecologia, ortopedia e até o pronto socorro. “O secretário estava inerte, enquanto informações apresentadas pela diretoria do HRG demonstravam que a escala do mês de agosto, também em outros setores, não seria fechada na segunda quinzena do mês, devido ao quadro deficitário de médicos”, afirmou na ação.
A decisão é do juiz Nassib Cleto Mamud. Na sentença, ele afirma que há mais de seis meses a contratação de médicos especialistas/plantonistas e fornecimento de alimentação especial vêm sendo garantidos devido bloqueios judiciais. “O judiciário vem praticamente administrando, financeiramente, o HRG com os contínuos bloqueios judiciais”, diz na decisão.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou que o Estado vai recorrer da decisão judicial que determina o afastamento do secretário de estado da Saúde.
Espera por cirurgias
Na semana passada, diversos pacientes reclamaram da demora na realização de cirurgias ortopédicas no Hospital Regional de Gurupi. A informação repassada pelos funcionários era de que a espera deve continuar porque a falta de ortopedista só deve ser suprida a partir de setembro. No mural da sala de espera do hospital, a escala médica indica a presença de especialista, mas os pacientes reclamam que não tem médico ortopedista atendendo. (Informações G1 Tocantins)