O Conselho Regional de Medicina do Tocantins (CRM-TO) após várias vistorias realizadas no Hospital Geral de Palmas (HGP) sempre constatou graves irregularidades na Tenda/Anexo e nos corredores do hospital, o que levou a entidade a decisão de expedir a interdição ética.
A interdição foi expedida na manhã desta segunda feira (03/10), apenas para dois locais do hospital: Anexo e Corredores. Os dois espaços segundo fiscais do CRM-TO são desumanos, desrespeitam várias normas e condutas éticas profissionais, além do desrespeito a integridade do paciente, falta de aeração, exposição ao sol, pacientes femininos e masculinos em um mesmo ambiente. Sem falar da falta de medicamentos e insumos básicos.
Interdição ética: Pacientes internados serão assistidos até sua alta, urgência e emergência são obrigatório atendimento e se necessário internação, o local passa a ser uma questão administrativa.
Orientação: Médicos foram orientados pelo CRM-TO caso precisem internar seus pacientes, a escrever no prontuário do paciente, diagnostico, prognostico, todos os procedimentos realizados, além de descrever detalhadamente todas as situações de dificuldades ocorridas. Toda orientação está no artigo 2º da resolução CRM-TO, número 095/2016 de 30 de setembro de 2016, também afixada nos locais interditados do HGP.
Médicos que tiverem dúvidas a respeito da sua atuação podem entrar em contato com setor de fiscalização do CRM-TO para mais informações a respeito da conduta médica após a interdição. (63) 21118117 ou 21118143.
Reunião: Antes de expedir a interdição definitiva o Conselho ainda promoveu na última semana, reunião entre Sesau-TO, MPE-TO, HGP e Vigilância Sanitária e membros do CRM-TO, a fim de encontrar uma solução e colaborar para resolutividade dos graves problemas enfrentados por pacientes e cidadãos que procuram o maior hospital do Estado (HGP),e que ficam internados no Anexo (tenda) e corredores. O secretário Marcos Musafir esteve presente na ocasião com membros da sua equipe.
Tenda: A tenda ou anexo foi inaugurada em dezembro /2013 com o objetivo de ser provisória e tirar pacientes dos corredores do hospital, hoje encontra-se como permanente, e é um grave risco a saúde da população tocantinense, pela precariedade de suas instalações insalubres e periculosas.
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