O presidente do Conselho Regional de Medicina do Tocantins (CRM-TO), Jorge Guardiola, foi recebido pelo Procurador-Geral de Justiça, José Omar de Almeida Júnior, durante visita ao Ministério Público Estadual (MPE), nesta quarta-feira (09/01), para tratar do caos da saúde nos hospitais do Estado. Também estavam presentes na ocasião o 1º secretário, Frederico Henrique de Melo, o 2º secretário e conselheiro federal, Nemésio Tomasella, e o conselheiro José Maria Filho.

O presidente disse ao procurador que crianças estão morrendo e que outras situações graves estão ocorrendo em diversas áreas e especialidades, antes das demissões médicos precisavam dar plantões extras para fechar a escala e a situação piorou muito. “O médico entra no plantão e não sabe se vai sair, os profissionais não tem a quem recorrer, pois os hospitais não possuem diretores técnicos, e isso cria uma insegurança uma angústia no médico. É um desastre anunciado”.

O diretor do CRM-TO e conselheiro federal, Nemésio Tomasella, reforçou que as atitudes tomadas pelo governo já estão trazendo prejuízos à sociedade tocantinense, entendemos que o Estado tem a necessidade de se adequar a Lei de Responsabilidade Fiscal, mas o foco deve ser em áreas não prioritárias como a saúde.

O Procurador-Geral de Justiça, José Omar de Almeida Júnior, afirmou que o Ministério Público (MPE) já instaurou procedimentos, “considerei errada a forma que foi feita, mas a sensação que tenho, é que eles estão caminhando para equacionar os problemas”, finalizou o procurador.

Segundo o 2º secretário, Frederico Henrique de Melo, as exonerações ocorreram sem o devido planejamento, resultando no agravamento de problemas que já existiam.

“Sou intesivista da UTI pediatrica do HGP, já comprei dipirona, paracetamol com dinheiro do meu bolso, e digo não é facil conviver com a escassez de medicamentos e comida, mas a falta de profissionais é insustentável”, desabafou o conselheiro José Maria Filho ao procurador.