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No mundo, o epicentro da pandemia por COVID-19 foi principalmente em quatro locais: o primeiro na China, o segundo na Europa, o terceiro nos Estados Unidos e o quarto no Brasil.

No momento em que a pandemia ficou crítica no Brasil, o Tocantins estava em posição privilegiada, com baixa incidência de infectados, baixíssima taxa de internação hospitalar e nenhum óbito por COVID-19.

Atualmente, a taxa de infectados, a ocupação hospitalar e a mortalidade têm aumentado de forma exponencial no Tocantins. Os hospitais públicos e privados estão no seu limite, nas principais cidades do Estado. Mesmo com o aumento do número de leitos, a necessidade de internação hospitalar está muito acima do esperado.

Precisamos dividir em duas frentes a luta contra o COVID-19. Na primeira frente, estão as autoridades, que assessoram, elaboram, escutam, pensam, recomendam e agem, mas precisam do apoio de todos porque, certamente, é um momento complexo para quem faz gestão. Na segunda, está a população. E depende de cada um de nós o cuidado constante no cumprimento das medidas de prevenção: lavar as mãos com água e sabão, usar álcool gel e máscaras, manter ambientes bem ventilados, não compartilhar objetos pessoais, evitar aglomerações… 

Quando falamos em evitar aglomerações, estamos nos referindo ao termo Distanciamento Físico Sustentado (DFS). 

Estamos cansados do distanciamento social? Claro que sim, o ser humano é sociável por natureza. Talvez isto explique por que, no Tocantins, tenhamos sido tão rigorosos no início, com grande responsabilidade social, e excelente resultado, mas, ultimamente, estejamos relaxando e sentindo o impacto disso na atualidade. 

O relaxamento foi multifatorial, conforme podemos ver em redes sociais, nas ruas etc. Cuidamos muito no trabalho (regime home office, meio período, medidas de prevenção), porém algumas pessoas têm participado de festas, reuniões sociais, aglomerações e posterior contato com pessoas que se encontram em grupos de risco.

Na guerra, por exemplo, o soldado pode se cuidar por três meses, mas um único descuido é suficiente para o pior. Em relação ao cuidado nesta pandemia não é diferente. Certamente, isso está relacionado com o aumento do número de casos, das taxas de internação hospitalar e da mortalidade. 

Todos devemos agir rapidamente para que o sistema de saúde no Estado não entre em colapso, evitando o que chamamos de “fase mais crítica da pandemia”. Não é fácil manter o DFS (distanciamento de 2 metros entre as pessoas), porém ele é a solução mais eficiente para controlar o aumento exponencial do COVID-19.

Durante a pandemia, precisamos fazer uso responsável da liberdade de ir e vir, aplicando, de forma rígida, as medidas de prevenção. 

Não se trata de discurso alarmista, mas de um alerta, para não jogarmos fora tudo o que conquistamos até o momento. Estamos no meio da pandemia, no Tocantins, e não podemos cantar vitória na fase mais crítica. Temos que evitar retroceder, porém a saúde está em primeiro lugar. O avanço deve ser com muita prudência e cuidado. 

Dr. Andrés G. Sánchez
CRM-TO 2290
Cardiologista RQE 991
Hemodinâmica RQE 1.001

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